Sonhos do Cacau

Teoria dos Sonhos
De acordo com Sigmund Schlomo Freud (1856-1939), os sonhos são lembranças e reais desejos guardados na sua sub-consciência que revelam-se durante o sono, consciente em seu total domínio sobre o seu pensamento - quando estamos acordados, é quem impede essas imagens de mostrarem essa realidade oculta no sub-consciente.
Carl Gustav Jung (1875-1961) alega que os sonhos possuem um papel mais abrangente, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização através da averiguação das posições que o protagonista no sonho (ego) toma diante dos desafios propostos.
Muito embora Freud afirma que as situações absurdas presente em sonhos arquetípicos, Jung diz que essa é a forma própria do sub-consciente de se expressar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um cruzeiro diferente

O maior cruzeiro do mundo tem 20 andares e um comprimento equivalente a quatro campos de futebol. Claro que o navio do meu sonho era maior. Imaginem uma cidade flutuante, Atlântis fora d’água, ou até uma Sky City marítima. Tinha uma infra-estrutura metropolitana, até.

A história deste sonho começa na escolinha de inglês do navio. A sala era toda branca, sem janela e com carteiras novas e brancas. Na aula estavam presentes colegas do meu colégio, inclusive a Anely (pseudônimo) que, como do seu perfil, pediu para eu sentar o mais rápido possível porque a professora acabara de pedir para os alunos fazerem uma atividade em dupla. Passado uns minutinhos, deu o sinal e ainda faltava coisa para fazer. “Vamos terminar lá em casa rapidinho, Anely. Daí a gente almoça depois, também.”. A dois quarteirões dali já era o meu condomínio de cabines externas e grandes com espaço para a família toda.

Na minha cabine, moravam eu, um cara que era para ser o meu irmão, um cara que era para ser o meu pai e outro cara que era para ser o meu avô (meio ausente). O mais engraçado é que os três eram personagens caricatos ‘a la’ Simpsons: amarelos-ovo e esbugalhados.

Meu irmão tentava cuidar da casa. Como assim tentava? Lá não tinha nada: só havia divisão pros quartos, pro banheiro e uma sala grande só com parede, piso, teto e janela. A Anely, como de sua personalidade na vida real, ficou indignada que não tinha nada. Então o meu irmão foi num pé e voltou no outro, com efeitos visuais e sonoros do papa-léguas, com um tapete enrolado na mão. Ao desenrolá-lo, como sunga e óculos de nadar em toalha de piscina, surgem um mini-system e uma TV com receptor de sinal a cabo. O maluco ligou o som e o sintonizou na rádio de forró e puxou a Anely para dançar.

Enquanto eu via a farra dos dois, meu pai chegou com dois policiais amigos nossos. Achei que eles vieram só para dar um toque no casal dançarino sobre o barulho que eles estavam fazendo para não irritar a vizinhança. Mas, eles entraram em casa de boa, nos cumprimentaram de longe com acenos e foram em direção ao quarto do meu pai. Ao abrirem a porta, os policiais marujos dão de cara com uma mesa de poker e um frigobar com cachaças. Fecharam a porta e fizeram a festa, pelo o que as gargalhadas nos diziam.

Voltando o meu olhar de volta para a sala, estava o meu irmão dançando Lady Gaga sozinho. Creio que, por mais que a Anely gostasse de forró, ela não aturou o cara. E eu, enquanto assistia àquela cena bizarra, estava curtindo a caipirinha de limão que o doido do meu irmão tinha feito.

Eis que a situação do sonho deixa de ser “harmoniosa” e se torna um filme de ação. Os policiais começam a berrar furiosamente com alguém. Eles descobriram algo que nenhum dos outros moradores da casa sabiam: o meu avô era ausente porque ele ficava escondido num laboratório secreto desenvolvendo um explosivo novo para o exército norte-americano. “Como pode fazer isso, vô?”. Os policiais o algemaram, mas um agente especial entrou pela porta de casa e tomou a amostra do produto químico, um líquido viscoso verde fosforescente num tubo de ensaio, da mão do cientista secreto e escapa rapidamente com um dos policiais em sua cola.

O perseguidor entrou em sua viatura e o perseguido em seu conversível (estou falando que o cruzeiro era uma metrópole flutuante). Os dois criam uma perfeita cena de “Velozes e Furiosos” em alto mar! Depois de altos drifts, o agente especial deixa escapulir o tubo de ensaio e ele cai no mar, depois de despencar da altura de 40 andares. O maluco do agente é tão obcecado por cumprir a missão dada a ele (porque foi, ninguém mais, ninguém menos que o governo estadunidense que a ordenou-lhe) que pulou do seu carrão a milhão e mergulhou com uma perfeita entrada de frente. Ele consegue com sucesso sair do fundo das águas, só depois de razoáveis segundos, com a amostra na mão. Uma lancha, surgida do nada, vem para pegá-lo e vai indo embora em direção ao Oeste, onde o sol estava se pondo.

Dali a uma meia-hora, o sol se pôs. Como consequência do sol se pôr, conseguimos ver uma explosão gigantes a quilômetros de distância e o som veio com uma defasagem suficiente para saber que era longe de nós. Baixada a fumaça da explosão, eu volto à realidade.

Um comentário:

  1. Cacau eu fico impressionada com a riqueza de detalhes que você lembra após acordar!

    Muito bacana!

    Quanto a este navio cidade flutuante, delícia hein, queria eu ter um sonho assim! rs

    Bjus

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