Sonhos do Cacau

Teoria dos Sonhos
De acordo com Sigmund Schlomo Freud (1856-1939), os sonhos são lembranças e reais desejos guardados na sua sub-consciência que revelam-se durante o sono, consciente em seu total domínio sobre o seu pensamento - quando estamos acordados, é quem impede essas imagens de mostrarem essa realidade oculta no sub-consciente.
Carl Gustav Jung (1875-1961) alega que os sonhos possuem um papel mais abrangente, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização através da averiguação das posições que o protagonista no sonho (ego) toma diante dos desafios propostos.
Muito embora Freud afirma que as situações absurdas presente em sonhos arquetípicos, Jung diz que essa é a forma própria do sub-consciente de se expressar.

sábado, 8 de maio de 2010

Sonic à procura do restaurante italiano

Quem nunca jogou Sonic não teve infância. Provavelmente, na noite que eu sonhei eu devia estar lembrando bastante da minha, o dia anterior deve ter sido bem nostálgico. Aquela abertura? A primeira fase, Green Hill? Aquela música inesquecível? Então, o estágio já tinha iniciado com o mesmo layout do jogo original, com as argolas girando e com o cronômetro marcando o tempo, tudo igual e em 2D. A diferença era que o Cacau é quem era a personagem que corria rápido e quem dava as famosas cambalhotas estacionado para dar um dash. Tinha tudo: ponte com piranhas robôs; coqueiro com macacos mecânicos; espinhos branquinhos como a neve; túneis em forma de 'S' e loopings com computadores em cima deles.

No final do estágio o que tem? A placa que o Sonic (quer dizer, o Cacau) passava em alta velocidade e ela girava até parar com a face em que há a imagem do protagonista fazendo um joinha para o jogador. Porém, quando o Cacau passou pela placa de encerramento no sonho aparece um Sentra da Nissan. Foi praticamente a Roleta do Sílvio Santos. Eu estava tanto no clima de correria e pressa que eu nem comemorei a vitória para já ir dirigindoo carrão novo por aí.

O primeiro passeio com o mais novo Cacau Móvel foi um dia chuvoso nas mal-pavimentadas ruas de São Paulo. Eu estava na direção com as irmãs Laís e Laísse (ambos pseudônimos) andando pela região da Vila Sônia à procura de um famoso restaurante italiano que, no mundo real, não tem filial lá. Por extrema coincidência, o restaurante era na rua de uma escola que eu estudei no jardim e no primário, Fernando Pessoa na época. Na viagem, eu fui falando para as meninas dessa minha parte da infância que vivi naquela escola, os traumas e as alegrias que ela me trouxe.

Para quem gostou do Sonic, também houve um pouco de velocidade. Mas, fiquem tranquilos, com o Cacau no volante o perigo não é constante, não. Sonhando então, eu sou o Massa! Mesmo com a pista molhada, eu num perdoava os limites de velocidade, mas tudo com prudência. “Rua tal, tá certo. Número x…”.”Era ali, Cacau!”, disseram as irmãs em conjunto. Freiei o carro até cantarem os pneus e fui de ré até o restaurante. Muito embora o asfalto estivesse um sabão, pisei fundo no acelarador mesmo dando a ré. Enfim, chegamos ao destino desejado. Missão quase cumprida. Fiz a baliza, saímos do carro e eu o travei na trava elétrica. Logo que eu o tranquei, eis que me vem um trailer americano com uma senhora dirigindo em minha direção. Como o sonho já estava com bastante ação, eu consegui não ser atropelado porque eu pulei por cima do Sentra; se eu não tivesse feito isso a casa ambulante teria me pegado com a fina que ela deu no Cacau Móvel.

Eu estava atravessando a rua, em cima da linha amarela dupla contínua quando eu ouço uma voz do além me chamando: “CAU! CAU? CAU!”. Olho para os quatro cantos da terra, para o céu e nada de descobrir a fonte do chamado. Esse final é clássico. Com certeza você já terminou sonho assim. Adivinha quem era me chamando? Claro que tinha que ser a minha mãe falando para eu ir para a aula porque eu estava realmente na hora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário