Sonhos do Cacau

Teoria dos Sonhos
De acordo com Sigmund Schlomo Freud (1856-1939), os sonhos são lembranças e reais desejos guardados na sua sub-consciência que revelam-se durante o sono, consciente em seu total domínio sobre o seu pensamento - quando estamos acordados, é quem impede essas imagens de mostrarem essa realidade oculta no sub-consciente.
Carl Gustav Jung (1875-1961) alega que os sonhos possuem um papel mais abrangente, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização através da averiguação das posições que o protagonista no sonho (ego) toma diante dos desafios propostos.
Muito embora Freud afirma que as situações absurdas presente em sonhos arquetípicos, Jung diz que essa é a forma própria do sub-consciente de se expressar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Animal Kart

O sol já tinha nascido há poucas horas e começara a derreter a neve vinda da noite anterior que remanescia no chão e nos galhos e nas copas dos pinheiros da floresta. Eis que ouço a ignição motores de kart, bem agudos. Vários deles. Observando o cenário de outra perspectiva, reparei que havia uma pista de kart de terra com troncos a demarcando, no lugar dos tradicionais pneus coloridos. Porém, havia algo incomum com os pilotos.

Ao invés de os motoristas serem encanadores italianos e bigodudos, princesas, tartarugas, cogumelos, macacos ou dinossauros, eles representavam duas equipes distintas: os Some-Rato (equipe composta por gatos) e os Some-Gato (analogamente, equipe composta por cachorros).

Preparar. Apontar. PÁ! Foi dado o tiro de largada!

A largada foi menos agressiva do que o esperado e as primeiras cinco posições alternada entre gatos e cachorros. Felizmente, a neve não diminuía tanto o atrito das rodas na terra. No decorrer da corrida, os membros do Some-Gato mostraram a sua cara e começaram a dirigir violentamente, fechando os oponentes felinos sem dó e nem piedade.

Em certo momento, os melhores pilotos das equipes adversárias, um doberman e um siamês, estavam bem na frente dos demais, mas próximos um do outro. O gato estava na dianteira e o cão vinha acelerando bem depressa. O cachorro preto era bem feroz, me lembrou até dos cachorros zumbis do jogo Resident Evil, e estava mostrando os dentes e rosnando para o gato bege e gordo. O cachorro além de agressivo foi trapaceiro e empurrou o gato com tanta intensidade que fez com que ele saísse da pista. Vendo isso, uma parte dos mecânicos do Some-Rato se esconderam atrás de um pinheiro próximo de onde ocorreu o empurrão.

Depois desta injustiça e algumas voltas, o doberman conseguiu manter a liderança com uma ótima distância do gato siamês que conseguiu retornar à pista na mesma posição. Ao aproximar-se do pinheiro onde os gatos mecânicos se esconderam, o doberman malvado se assusta com a súbita aparição de um integrante do time do Some-Cão: um urso sai de trás desse pinheiro! O urso era grande e já rugia ao pular pra perto do cão, o que lhe causou tanto medo que capota o kart e fugiu a pé mesmo. Quer dizer, fugiu "a pata".

Contudo, o urso não era bem um urso. Na verdade, os gatos mecânicos se juntaram, entraram em uma fantasia e se disfarçaram de urso. Os gatos compunham o tronco do animal selvagem, enquanto um deles manejava as duas pernas-de-pau. Os braços tinham enchimento, as garras eram de plástico cinza, estavam mal pintadas e coladas com fita crepe. Não foi colado nem com durex transparente para disfarçar. Os rugidos eram gravados e reproduzidos através de um alto-falante que fora posicionado na boca da fantasia. E, por serem vários gatos, o gato equilibrista que tomava conta das pernas do urso tinha dificuldade para andar e todo o animal cambaleava. Ainda assim, essa gambiarra toda cumpriu o seu dever de assustar o doberman trapaceiro.

Por conta do W.O., a bandeira xadrez de chegada foi balanceada para o gato siamês e eu acordei logo em seguida, perdi a celebração da vitória.

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